segunda-feira, 14 de julho de 2008






Quando o luxo vem sem etiqueta...

O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e
boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa
a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora
do rush matinal.
O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube:

http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw

Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos
passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos
maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas
num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais
de 3 milhões de dólares.
Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde
os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares.
A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar
ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no
pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo
jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor,
contexto e arte.
A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão
num contexto.
Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem
etiqueta de grife.

segunda-feira, 7 de julho de 2008




PARA ENTENDER UMA MULHER...
_ Carlos Drummond de Andrade -



Para entender uma mulher é preciso mais que deitar-se com ela...

Há de se ter mais sonhos e cartas na mesa que se possa prever nossa vã pretensão...

Para possuir uma mulher é preciso mais do que fazê-la sentir-se em êxtase numa cama, em uma seda, com toda viril possibilidade...

Há de se conseguir fazê-la sorrir antes do próximo encontro...

Para conhecer uma mulher, mais que em seu orgasmo, tem de ser mais que amante perfeito...

Há de se ter o jeito certo ao sair, e fazer da saudade e das lembranças, todo sorriso...

O potente, o amante, o homem viril, são homens bons...

Bons homens de abraços e passos firmes...

Bons homens pra se contar histórias...

Há, porém, o homem certo, de todo instante: o de depois!

Para conquistar uma mulher, mais que ser este amante, há de se querer o amanhã, e depois do amor um silêncio de cumplicidade...

E mostrar que o que se quis é menor do que o que não se deve perder...

É esperar amanhecer, e nem lembrar do relógio ou café...

Há que ser mulher, por um triz e, então, ser feliz!

Para amar uma mulher, mais que entendê-la, mais que conhecê-la, mais que possuí-la, é preciso honrar a obra de Deus, e merecer um sorriso escondido, e também ser possuído e, ainda assim, também ser viril...

Para amar uma mulher, mais que tentar conquistá-la, há de ser conquistado...

Todo tomado e, com um pouco de sorte, também ser amado!

(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 2 de julho de 2008


HISTORIA E INFLUENCIA DAS CORES
(fonte: http://www.tintascoral.com.br )

Desde que os primeiros homens começaram a usar as cores como forma de magia para atrair, através de seus poderes, a tão preciosa caça, as cores passaram a ter um papel cada vez mais fundamental e simbólico em todas as culturas do mundo. A ciência moderna com seu desdém a respeito de tudo o que considera irrelevante, classificando como crendices populares, foi incapaz de relegar a essa categoria a influência exercida pelas cores em todos os aspectos de nossas vidas.

O uso dado às cores, conforme os hábitos das diversas culturas mundiais durante o decorrer dos séculos, tinha o objetivo de obter resultados dirigidos diante de situações específicas como ferramenta de manipulação psicológica que, segundo a sabedoria popular, tem provado ser muito mais acurada do que se imaginava.


VERMELHO
O vermelho é uma cor mágica em muitas culturas, representa o sangue, a essência da vida. Ervas eram amarradas com uma fita vermelha e esta era, por sua vez, amarrada em volta da cabeça para aliviar a dor da enxaqueca. No Japão, crianças com catapora são mantidas em um quarto totalmente vermelho, vestidas com roupas vermelhas para apressar o processo de cura. Os ingleses usavam lenços vermelhos no pescoço para afastar os espíritos que causavam o resfriado. É também um sinal de ódio e de energia que deu errado e resultou em crueldade - tornou-se então o símbolo de Satã.

LARANJA
As laranjeiras fornecem uma generosa colheita ano após ano e, tanto nas culturas ocidentais como orientais, suas flores são usadas pelas noivas como um símbolo de fertilidade.

AMARELO
Os corpos dos aborígines australianos são pintados com ocre amarelo nas cerimônias funerárias. Na China os magos escrevem seus feitiços em papel amarelo para aumentar sua potência, e os antigos imperadores do país tinham "direitos exclusivos" ao uso do amarelo. Na Idade Média tanto Judas como o Diabo eram representados vestidos de amarelo. Sendo o amarelo-ouro o símbolo do Sol, significando o poder e a bondade de Deus, a auréola dos santos é dourada para mostrar a luz da vida eterna.

VERDE
Devido ao seu uso nas cerimônias pagãs, o verde foi banido pelos primeiros cristãos. Na Irlanda o verde é associado às fadas e acredita-se que pode dar azar devido a esta ligação. O verde é muito usado nos hospitais com base na crença de que esta cor ajuda o processo de recuperação da saúde. Para os muçulmanos, o verde é sagrado e simboliza a imortalidade. Buda, muitas vezes, é pintado frente a um fundo verde para denotar a vida eterna atrás de todas as encarnações temporárias do homem.

AZUL
O Deus dos Judeus ordenou aos israelitas que usassem um barrado azul em suas roupas. O deus hindu, Vishnu, era azul. É a cor das roupas de Nossa Senhora. Na Escócia as pessoas usam roupas azuis para restaurar a circulação. No norte da Europa, por volta de 1600, um pano azul era usado no pescoço para evitar doenças. Culturas asiáticas acreditam que vestir ou carregar algo azul afasta o mau olhado.

VIOLETA
É um tom especialmente sagrado para as culturas romanas e egípcias nas figuras de Júpiter e Osíris. Associa-se às dimensões sagradas, justiça, diligência, nobreza de espírito, pensamento religioso, idade avançada e inspiração. Na igreja católica é usado pelos sacerdotes para transmitir santidade e humildade. Como era uma cor cara de se produzir, tornou-se um símbolo da realeza, e portanto era evitada pelos primeiros cristãos. Na China o violeta simboliza a morte e é a cor das viúvas.

MARROM
Nas culturas orientais acredita-se que o marrom incorpore toda a força natural do elemento terra. A força vital do nosso planeta. Na Idade Média era a cor designada aos camponeses, e portanto é associada à humildade.

BRANCO
Pitágoras, o filósofo grego, acreditava que a cor branca continha, além de todas as outras cores, todos os sons. Muitos dos antigos templos e das atuais igrejas são brancas. As tradições nipônicas consideram o branco a cor do luto. Para denotar inocência virginal, lírios brancos apareciam nas pinturas da Anunciação.

CINZA
Essa cor foi utilizada pelos povos primitivos para marcar as paredes das cavernas e reclamar seus domínios. É uma cor sombria, e foi utilizada pelas pessoas comuns durante o tempo de Carlos Magno, no século VIII.

PRETO
Na Grécia antiga, o preto simbolizava a vida porque o dia nascia da escuridão. Em Madagascar uma pedra negra é colocada em cada um dos quatro pontos cardeais, sobre o túmulo, para representar a força da morte. Já para os antigos egípcios a negra lama do Nilo representava um renascer e os gatos pretos eram considerados duplamente sagrados. Na Roma antiga sacrificavam-se bois pretos para satisfazerem os deuses das profundezas.