terça-feira, 29 de maio de 2007

SÓ O AMOR É REAL...






Para cada um de nós, existe alguma pessoa especial. Muitas vezes, existem duas, três, ou mesmo quatro. Todas vêm de gerações diferentes. Atravessam oceanos de tempos e profundidades celestiais para estarem conosco novamente. Vêm do outro lado do céu. Podem parecer diferentes, mas nosso coração as reconhece. Nosso coração as abrigou em braços em tempos antigos. Marchamos juntos nos exércitos de generais guerreiros que a História esqueceu, e vivemos com elas nas cavernas cobertas de areia dos Homens Antigos. Há entre eles e nós um laço eterno, que nunca nos deixa sós. A nossa mente pode interferir. "Eu não te conheço". Mas o coração sabe.

Ele toma a nossa mão pela "primeira" vez, e a lembrança daquele toque transcende o tempo e faz disparar uma corrente que percorre todos os átomos do nosso ser. Ela olha em nossos olhos e vemos um espírito que nos vem acompanhando há séculos. Há uma estranha sensação em nosso estômago. Nossa pele se arrepia. Tudo o que existe fora desse momento perde a importância.

Ele pode não nos reconhecer, muito embora tenhamos finalmente nos reencontrado, embora o conheçamos. Sentimos a ligação. Vemos o potencial, o futuro. Mas ele não o vê. Temores, racionalizações, problemas cobrem-lhe os olhos com um véu. Ele não permite que afastemos o véu. Choramos e sofremos, mas ele se vai. A "natureza" tem seus caprichos.
Quando os dois se reconhecem, nenhum vulcão é capaz de explodir com força igual.
O reconhecimento do espírito pode ser imediato. Uma súbita sensação de familiaridade, de conhecer aquela pessoa em níveis mais profundos do que a mente consciente poderia alcançar. Em níveis geralmente reservados aos mais íntimos membros da família. Ou ainda mais profundos. Sabemos intuitivamente o que dizer, como ele vai reagir. Um sentimento de segurança e uma confiança muito maior do que se poderia atingir em apenas um dia, uma semana ou um mês.
O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento. Um despertar da consciência à medida em que o véu vai aos poucos levantando. Nem todos estão prontos para ver imediatamente. Há um ritmo nisto tudo, e a paciência pode ser necessária àquele que percebe primeiro.

Um olhar, um sonho, uma lembrança, uma sensação podem fazer com que despertemos para a presença do espírito. O toque de suas mãos ou o beijo de seus lábios pode nos despertar e projetar-nos subitamente de volta à vida.
O toque que nos desperta pode ser de um filho, de um pai, de uma mãe, de um irmão ou de um amigo leal. Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa os séculos para nos beijar mais uma vez e lembrar-nos de que estamos juntos sempre, até o fim dos tempos.

Do livro Só O Amor É Real, de Brian Weiss, autor do livro Muitas Vidas, Muitos Mestres

sexta-feira, 11 de maio de 2007

TRIBUTO AO 13 DE MAIO

"MEU BONDOSO PRETO VELHO!!!

Aqui estou de joelhos, agradecido, contrito, aguardando sua benção.

Quantas vezes com a alma ferida, com o coração irado, com a mente
entorpecida pela dor da injustiça eu clamava por vingança, e Tu, oculto lá
no fundo do meu Eu, com bondade compassiva me sussurravas: "ESPERANÇA".

Quantas vezes desejei romper com a humanidade, enfrentar o mal com maldade,
olho por olho, dente por dente, e Tu, escondido em minha mente, me dizias
simplesmente:

"Sei que a maldade e a traição ferem o coração, mas, responder com ofensas,
não lhe trará a solução. Pára, pensa, medita e ofereça-lhe o perdão. Eu
também sofri bastante, eu também fui humilhado, eu também me revoltei,
também fui injustiçado.

Das savanas africanas, moço, forte, livre, num instante transformado em
escravo acorrentado, nenhuma oportunidade eu tive. Uma revolta crescente me
envolvia intensamente, porque algo me dizia que eu nunca mais veria minha
Aruanda de então, não ouviria a passarada, o bramir dos elefantes, o rugido
do leão; minha raça de gigantes de que tanto orgulho tivera, jazia
despedaçada, nua, fria, acorrentada num infecto porão.

Um ódio intenso o meu peito atormentava, porque OIÀ não mandava uma grande
tempestade? Que Xangô com seus raios partisse aquela nave amaldiçoada, que
matasse aquela gente, que tão cruel se mostrara, que até minha pobre
mãezinha, tão frágil, já tão velhinha, por maldade acorrentara. E Iemanjá,
onde estava que nossa desgraça não via, nossa dor não sentia, o seu peito
não sangrava? Seus ouvidos não ouviam a súplica que eu lhe fazia? Se Iemanjá
ordenasse, o mar se abriria, as ondas nos envolveriam; ao meu povo ela daria
a desejada esperança, e aos que nos escravizavam, a necessária vingança.

Porém, nada aconteceu, minha mãezinha não resistiu e morreu; seu corpo ao
mar foi lançado, o meu povo amedrontado, no mercado foi vendido, uns pra cá,
outros pra lá e, como gado, com ferro em brasa marcado. Onde é que estava
Ogum? Que aquela gente não vencia? Onde estavam as suas armas, as suas
lanças de guerra? Porém, nada acontecia, e a toda parte que olhava, somente
uma coisa via: terra.

Terra que sempre exigia mais de nossos corpos suados, de nossos corpos
cansados.
Era a senzala, era o tronco, o gato de sete rabos que nos arrancava o couro;
era a lida, era a colheita que para nós era estafa, para o senhor era ouro.
Quantas vezes, depois que o sol se escondia, lá no fundo da senzala, com os
mais velhos, aprendia que no nosso destino no fim não seria sempre assim,
quantas vezes me disseram que Zambi olhava por mim.

Bem me lembro uma manhã, que o rancor era grande, vi sair da casa grande a
filha do meu patrão. Ingênua, desprotegida, meu pensamento voou: eis a hora
da vingança, vou matar essa criança, vou vingar a minha gente, e se por isso
morrer, sei que vou morrer contente.

E a pequena caminhava alegre, despreocupada, vinha em minha direção; como a
fera aguarda a caça, eu esperava ansioso, minha hora era chegada. Eu trazia
as mãos suadas, nesse momento odioso, meu coração disparava, vi o tronco, vi
o chicote, vi meu povo sofrendo, apodrecendo, morrendo e nada mais vi então.
Correndo como um possesso, agarrei-a por um braço e levantei-a do chão.
Porém, para minha surpresa, mal ergui a menina uma serpente ferina, como se
fora o próprio vento que fere o espaço, errando por minha causa; o seu bote
foi tão fatal, tudo ocorreu tão de repente, tudo foi de forma tal, que ali
parado eu ficara, olhando a serpente que sumia no matagal.

Depois, com a criança em meus braços, olhei meus punhos de aço que a deviam
matar... olhei seus lindos olhinhos que insistiam em me fitar. Fez-me um
gesto de carinho, eu estava emocionado, não sabia o que falar, não sabia o
que pensar. Meus pensamentos estavam numa grande confusão, vi a corrente, o
tronco, as minhas mãos que vingavam, vi o chicote, a serpente errando o
bote... senti um aperto no coração, as minhas mãos calejadas pelo machado,
pela enxada, minhas mãos não matariam, não haveria vingança, pois meu Deus
não permitira que morresse essa criança.

Assim o tempo passou, de rapaz forte de antes, bem pouca coisa restou, até
que um dia chegou e Benedito acabou...

Mas, do outro lado da morte eu encontrei nova vida, mais longa, muito mais
forte, mais de amor e de perdão, os sofrimentos de outrora já não importam
agora, por que nada foi em vão...
Fomos mártires nessa vida, desta Umbanda tão querida, religião do coração,
da paz, do amor, do perdão".

Escrito por Pai Ronaldo Linares em 20 de Outubro de 1964; entregue em mãos,
por ele, ao JUS (Jornal de Umbanda Sagrada) e publicado em Maio de 2005

Muita proteção e luz a todos!!!

sexta-feira, 4 de maio de 2007




As preocupações com o coração aumentam a cada ano.

Para vocês que se importam em se cuidar, algumas sugestões oportunas:


1- Morte súbita não existe, leva anos para acontecer.
Faça avaliações periódicas.


2- Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos, como dormir, comer
e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir
na vida!


3- Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou.
Querer agradar a todos é um desgaste enorme.


4- Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo.Repita essas pausas na vida diária e pense em voce, analisando
suas atitudes!


5- Com doenças de herança genética não se brinca!
Devem ser cuidadas o resto da vida!


6- Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para
o improviso, consciente de que nem tudo depende de voce! 7-Cuide das doenças crônicas!
São elas que vão abreviar sua vida!


8- Esqueça de uma vez por todas, que voce é imprescindível.
No trabalho, em casa, no grupo habitual.
Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem sua atuação,
a não ser voce mesmo!


9- Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez.
Por mais ágeis que sejam seus quadros mentais, voce vai ficar exausto!


10- Não exagere nos açúcares rápidos!
Traz a obesidade, a qual vem acompanhada de várias outras doenças!11-Abra mão de ser responsável pelo prazer de todos.
Não é voce a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias!


12- Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir
às pessoas certas!


13- Reduza bebidas, gorduras e carboidratos!
Exagere nas fibras, frutas e verduras!


14- Combata e trate a depressão!
Ela favorece o exagero alimentar, o sedentarismo e o tabagismo!


15- O "stress" pode ser positivo quando existe um objetivo para toda
esta agitação!


16- Família não é voce, está junto de voce, compõe o seu mundo,
mas não é sua própria identidade!


17- Entenda que princípios e convicções fechadas poder ser um grande peso, através do movimento e da busca!


18- Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade
e tensão.
Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação!


19- Esqueça esta história de 3ª idade, o importante é a saude física e mental!


20- Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que realmente vale como principal!


(Fonte: Dr.Carlos Alberto Pastore, Médico Cardiologista INCOR- HC FMUSP)