quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SÃO  MIGUEL  ARCANJO


Miguel (em hebraicoמִיכָאֵלMicha'el ou Mîkhā'ēl; em gregoΜιχαήλMikhaíl; em latim:Michael; em árabeمیکائیلMikā'īl) é um nome atribuído na Bíblia a um anjo ou arcanjo, numa posição de líder de exércitos celestiais. É um dos três anjos mencionados por nome na Bíblia, juntamente com Rafael no livro de Tobias e Gabriel no Evangelho de São Lucas.



Etimologia

Do termo “Arcanjo”

Arcanjo, num fragmento da Epístola de Judas (Tadeu) no Codex Sinaiticus (330-350 A.D.)
Arcanjo tem duas raízes, “arch” e “angelos”.
O prefixo grego “arch” (ἀρχ) deriva de “arché” (ἀρχή) que se refere tanto a “começo, ponto de partida, princípio”, como “suprema substância subjacente” ou “princípio supremo indemonstrável” .
A partir dessa raiz “arché” temos o antepositivo “arch”, em português, com o sentido de “aquilo que está na frente, o que está no começo, na origem, ponto de partida de um entroncamento” , sendo traduzido “acima”, “superior” ou “mais importante” e “o que governa, que dirige, que comanda, que lidera” e ainda carregando consigo idéias de poder, autoridade, império e superioridade.
Quanto ao grego “angelos” (άγγελος), vertido para “anjo”, significa simplesmente “mensageiro”.
A partir dessas raízes, portanto, a palavra “Arcanjo” (αρχάγγελος) se traduz “Líder dos Mensageiros”, “Chefe dos Mensageiros”, "Capitão dos Anjos" ,"Primeiro Anjo" , “Acima dos Anjos”, “Superior aos Anjos” , “Anjo Superior”  ou “Anjo Chefe” , num aspecto qualitativo de liderança e substancialmente de superioridade , da mesma maneira que se traduz palavras com o mesmo radical, tal como “arquiteto” (chefe dos construtores), “arcebispo” (classe hierárquica superior a Bispo), “hierarquia” (poder sagrado) ou “anarquia” (falta ou ausência de poder).
Miguel em Hebraico


Do termo “Miguel”

A tradução literal para o nome Miguel é “Aquele/Quem como Deus”.
  • Mi = Aquele/Quem(?)
  • Ka = Como
  • El = Deus
Como no hebraico não existia sinais de pontuação, algumas palavras trariam consigo um significado inquisitivo. Por isso a partícula “Mi” que significa “quem” muitas vezes é traduzida sintaticamente como interrogação, ocorrendo em 350 textos do Antigo Testamento onde é mencionada.
Exemplo:
Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim.” (Is. 6:8)
ואשׁמע את־קול אדני אמר את־מי אשׁלח ומי ילך־לנו ואמר הנני שׁלחני (Texto Original Hebraico)
va'eshma et qol adonai omer et·mi esh'laj umi ielej·lanu vaomar hineni shelajeni ומי (Texto Original Transliterado)
Dessa forma, o Talmude sugere uma interpretação inquisitiva para o nome Miguel, tendo a tradução contextual “Quem é como Deus? ou “Quem é semelhante a Deus?”. Este entendimento hoje não é compartilhado somente pela comunidade judaica, pois mais tarde foi incorporado pela cristandade em geral “para não colocar em causa a própria Escritura”, tanto por católicos e evangélicos, como adventistas , e também por outras comunidades religiosas, como as testemunhas de Jeová e os islâmicos. Mas para as cosmovisões judaica, jeovista e muçulmana, o pressuposto de não haver nenhuma outra pessoa igual a Deus (Sl. 35:10; 89:8) é literal, implicando sugestivamente a resposta “Ninguém é Igual a Deus” num entendimento retórico.
Quanto ao sufixo “El”, é também relacionado de forma regular com nomes significando afirmativamente “Deus” em todos os casos, tal como em Daniel (Deus é Juiz), Emanuel (Deus é Conosco), Ezequiel (A Força é de Deus), Samuel (Chamado pelo Nome de Deus), Gamaliel(Deus me Faz o Bem), Ananias (Deus é Clemente), João (A Graça é de Deus), etc. Esse entendimento é compartilhado por algumas denominações cristãs trinitarianas e alguns famosos comentaristas bíblicos como Matthew Henry e até o próprio João Calvino, pai da Igreja Congregacional, da Presbiteriana e de muitas outras reformadas, trinitarianos convictos, entendendo o termo segundo a tradução literal. Para esses, diferentemente dos judeus, muçulmanos e testemunhas de Jeová, o Arcanjo Miguel não tem natureza angélica, e sim divina, sendo o próprio Cristo que veio com esse “nome de guerra” fazendo um desafio a Satanás que, desde o princípio, sempre desejou estar acima dos anjos e ser igual ao Criador (Is. 14:12–14).


Referências na Bíblia

O nome Miguel é escassamente referido na Bíblia, surgindo apenas nos versículos abaixo, segundo a tradução A Bíblia de Jerusalém:
Daniel o profeta na cova dos leões
"O Príncipe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias, mas Miguel, um dos primeiros príncipes, veio em meu auxílio"
  • Daniel 10:21
"Ninguém me presta auxílio para estas coisas senão Miguel, vosso Príncipe."
  • Daniel 12:1
"Nesse tempo levantar-se-á Miguel, o grande Príncipe, que se conserva junto dos filhos do teu povo. Será um tempo de tal angústia qual jamais terá havido até aquele tempo, desde que as nações existem. Mas nesse tempo o teu povo escapará, isto é, todos os que se encontrarem inscritos no Livro."
"E, no entanto, o arcanjo Miguel, quando disputava com o diabo, discutindo a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a pronunciar uma sentença injuriosa contra ele, mas limitou-se a dizer: O Senhor te repreenda!"
"Houve então uma batalha no céu: Miguel e seus Anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão batalhou, juntamente com seus Anjos, mas foi derrotado, e não se encontrou mais um lugar para eles no céu."


Nos apócrifos

No livro de Enoque Miguel é designado como o príncipe de Israel. No livro dos Jubileus, ele é retratado como o anjo que instruiu Moisés na Torá. Nos Manuscritos do Mar Morto é retratado lutando contra Beliel.


Definição da Igreja Católica e do Protestantismo

A vitória de São Miguel sobre o demónio, escultura por Sir Jacob Epstein perto da entrada da Catedral de Coventry, no Reino Unido.
Miguel, o Arcanjo, é considerado o chefe dos exércitos celestiais e o padroeiro da Igreja Católica. É o anjo do arrependimento e da justiça.  É comemorado pela Igreja Católica sob o nome de São Miguel Arcanjo em 29 de setembro.
Terço de São Miguel Arcanjo ou Coroa Angélica
Catolicismo mantém uma considerável devoção por São Miguel Arcanjo, especialmente demonstrada nas situações em que são efectuados pedidos de livramento dos seus fiéis contra ciladas do demônio e dos espíritos maléficos. Acredita ainda que, durante as orações, e quando o nome do arcanjo é invocado, este defenderá os crentes, com o grande poder que Deus lhe concedeu, protegendo-os contra os perigos, as forças do mal e os inimigos[carece de fontes]
A escassa referência das Escrituras à pessoa de Miguel é considerada por alguns como uma demonstração de discrição ou importância relativa que envolve a sua figura. Nas menções efectuadas no livro de Daniel, os teólogos dividem-se acerca da interpretação dessas passagens. Alguns crêem ver neste Miguel aquele que mais tarde Judas designa por "Arcanjo". A maioria, porém, acredita que nestes versículos, Miguel é apenas uma figura que, de acordo com a crítica bíblica, é proveniente da mitologia Persa, com a qual o povo Hebreu contactou acuando do seu Exílio na Babilónia e não identificável com o Anjo com o mesmo nome. 
Na referência de Judas, alguns entendem que não é atribuída a Miguel a faculdade de juiz escatológico, reservada a Deus e ao seu Messias, na medida em que ele entrega o Diabo ao juízo de Deus. Nem para os católicos nem para os protestantes é aceite a interpretação, feita por algumas denominações religiosas que se afirmam cristãs, de que neste texto se trataria do Filho de Deus antes de lhe ser dada autoridade régia visto que, segundo algumas teses destas denominações, esta passagem relembraria um acontecimento muito anterior à época em que Jesus veio à Terra e foi posteriormente ressuscitado. Na realidade, católicos e protestantes, a respeito desta última hipótese, contrapõem "que este combate relatado neste livro, que de acordo com a sintática rigorosa do texto (nomeadamente o uso da construção οτε ("ote") mais dativo seguido de περι ("peri") mais genitivo neutro) não é situável num tempo passado e que, assim, ainda não ocorreu em seu sentido pleno. [...] O resgate ("recovery") do corpo "soma", e não do cadáver, de Moisés referido no texto não é senão aquele que ocorrerá no futuro escatológico" (Geerhardus Vos"Biblical Theology", p. 121-123). De igual modo, acrescenta este autor, "a referência a verbos em tempos passados - "διακρινομενος" ("diakrinomenos": "contendia"), "διελeγeτο" ("dielegeto": "disputava") e "ουκ etoλμησeν eπeνeγκeιν" ("ouk etolmesen epevegkein": "não ousou pronunciar") - provém do facto de este versículo ser a citação de um texto apócrifo de natureza apocaliptico-visonária onde o autor (como todos os autores deste género literário), imaginando-se como tendo sido transportado até ao fim dos tempos, olha para trás ("backwards") para acontecimentos supra-temporais (isto é, posteriores ao fim dos tempos) "anteriores" à consumação final" (Geerhardus Vos, "Biblical Theology", p. 122).

sábado, 25 de setembro de 2010



SER UM AMIGO É UMA HONRA

(Essa história, de autoria desconhecida, está presente no volume 8 da coleção FRASES, DICAS E HISTÓRIAS MARAVILHOSAS)

         Uma noite, estava sozinho em minha casa. Eram umas 23 horas quando recebi o telefonema de um querido amigo.  Seu telefonema me deixou muito feliz e, a primeira coisa que ele me perguntou foi:
         - Como você está?
         E, eu lhe respondi:
         - Muito só...
         - Você quer conversar?
         Eu respondi que "sim",
         - Você quer que eu vá até a tua casa?
         Eu respondi que "sim" novamente...
         Desligou o telefone e em menos de quinze minutos lá estava ele tocando a minha campainha.
         Eu comecei falando por horas de meu trabalho, minha família, minha namorada, meus problemas e dúvidas e, ele, atento me escutava. Naquela noite eu estava muito cansado mentalmente e a sua companhia me fez muito bem. Além do mais, do começo ao fim ele me escutou, me apoiou e me aconselhou. Assim, quando ele notou que eu estava melhor, me disse:
         - Bom, agora preciso ir trabalhar...
         Surpreso eu lhe disse:
         - Amigo, porque não me disse antes que teria que ir trabalhar, veja que horas são e você não conseguiu dormir nenhum pouco, eu roubei seu tempo por toda noite.
         Ele sorriu e me disse:
         - Não tem problema, para isso existem os amigos!
         Ao ouvir isso fiquei feliz em saber que podia contar com um amigo assim. Eu o acompanhei até a porta de minha casa e quando ele caminhava até o seu carro eu gritei:
         - Psiu... amigo, porque me telefonastes tão tarde? O que você queria?
         Ele voltou e me disse com voz baixa:
         - É que eu queria desabafar um pouco... te dar uma notícia...
         E eu perguntei:
         - O que aconteceu?
         Ele me disse:
         - Fui ao médico e ele me disse que tenho uma doença incurável, assim, só posso esperar...
         Naquele momento fiquei mudo. Ele sorriu e disse:
         - Tenha um bom dia amigo!
Entrou no seu carro e se foi. Precisei de um bom tempo para assimilar a situação e, até hoje me questiono:
         Porque quando ele me perguntou como eu estava eu me esqueci dele e só falei de mim? Como ele teve força para sorrir, me escutar e dizer tudo o que disse? Desde este dia, a minha vida mudou... Deixei de ser tão crítico com meus problemas e de me preocupar somente comigo. Agora, aproveito o meu tempo para estar mais perto das pessoas que amo, perguntar como elas estão e me interessar mais por elas, sem esperar nada em troca. Tento sentir mais profundamente aqueles que estão à minha volta e aqueles que passam por minha vida...
         Não existe amor maior do que dar a vida em favor dos amigos!
         Fazer um amigo... é um dom!
         Ter um amigo... é uma graça!
         Conservar um amigo... é uma virtude!
         Agora, você ser um amigo... é uma HONRA!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?

Corrimento vaginal. O que é e como evitá-lo?
Como evitar o corrimento vaginal?
  • Use roupas que não comprimam a região genital. As calças devem ser mais largas, de tecidos leves e não sintéticos.
  • Dê preferência para o uso de calcinhas de algodão. Evite tecidos sintéticos como lycra ou nylon. Uma boa opção é aproveitar o período noturno para deixar a pele da região genital respirar, para isso a mulher pode dormir sem calcinha.
  • Roupas íntimas devem ser lavadas com sabão de côco ou sabão neutro. O uso de amaciantes e água sanitária é contra-indicado, já que esses produtos aderem à fibra do tecido e podem levar ao desenvolvimento de vaginites químicas.
  • Procure imediatamente um ginecologista no início dos sintomas e jamais use medicamentos por conta própria.
  • Para a higiene íntima use sabonete neutro ou produtos apropriados para a higiene da região genital. Evite os sabonetes comuns e os que contém cremes hidratantes ou corantes.
  • Evite desodorantes íntimos e produtos como talcos ou perfumes.
  • Duchas vaginais podem retirar a proteção natural da vagina, favorecendo o crescimento de fungos ou bactérias.
  • Evite o uso excessivo de tecidos sintéticos e jeans.
  • Seque a roupa íntima em locais secos e arejados, de preferência expostas ao sol. E passe com ferro as calcinhas antes do uso.
  • Evite ficar muito tempo com biquinis molhados.
  • Para depilação da região genital deve sempre ser usada cêra descartável e observar as condições de higiene do local que oferece o serviço.
  • Durante a menstruação, troque o absorvente quantas vezes forem necessárias, dependendo do fluxo e com um mínimo de três vezes ao dia.
  • O uso de absorventes diários não é recomendado. Eles impedem a transpiração da região genital, favorecendo o crescimento de fungos e bactérias.
  • Absorventes internos podem ser usados desde que trocados com regularidade.
  • Evite papel higiênico colorido ou perfumado. Eles podem agredir a mucosa genital.
  • Um lubrificante íntimo pode ser uma boa alternativa para manter a lubrificação da mulher durante a relação sexual.
  • Procure um ginecologista regularmente para realizar exames ginecológicos preventivos. Não use medicamentos por conta própria. A auto-medicação é uma das principais causas de corrimentos crônicos.

O que é corrimento vaginal?
Caracteriza-se por uma irritação na vagina ou na vulva ou por saída de secreção vaginal anormal (corrimento) que pode ou não apresentar cheiro desagradável.
Pode ser acompanhado de coceira, ardência ou aumento da freqüência urinária.

Como é feito o diagnóstico?
diagnóstico é feito pelo ginecologista através da história clínica da paciente, exame ginecológico e eventualmente exames complementares.
As características do corrimento ajudam muito na identificação do agente causal, por isso uma visita ao ginecologista é muito importante para solucionar o problema.

Quais são as causas de corrimento vaginal?
As causas mais comuns são:
  • Infecções vaginais
  • Infecções do colo do útero
  • Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)
Na infância, são comuns as vulvovaginites inespecíficas causadas por higiene inadequada e pela maneira incorreta de realizar a higiene após a evacuação - que sempre deve ser feita de frente para trás, evitando o contato de fezes com a vagina.