segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CORRUPÇÃO
                                          Por Salette Granato

 
Segundo pesquisa apresentada pela FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, dados de 2008, R$ 69 bilhões são perdidos, por ano, com a corrupção no Brasil.

O Dicionário Aurélio, entre os poucos significados para o vocábulo “corrupção”, traz: “ato ou efeito de corromper, putrefação e suborno”.

“Não pegue o que não é seu!” “Uma laranja podre estraga as outras!” Sábios conselhos de nossos pais. Hoje, para alguns, talvez, não tenha serventia, mas ainda podemos dizer que os bons são a maioria. Esses valores estavam ficando um pouco para trás e parece que os brasileiros resolveram resgatá-los, já não era sem tempo, porque sessenta e nove bilhões de reais, anualmente, indo pelo ralo junto com o suor dos brasileiros, realmente está na hora de estancar.

O problema é encontrar a laranja podre escondida embaixo de belos frutos embelezando as nossas vistas e tentando adoçar o pobre coração dos brasileiros, que se comê-los sofrerão tamanha indigestão!

A saúde e a educação ficam à mercê da corrupção e onde ela está? Não sei não... Como resolver então essa situação? É preciso encontrar os fungos ou parasitos humanos causadores desse rombo.

Impostos já não cabem mais nas nossas vidas não, em pouco tempo se assim continuar, não teremos mais dinheiro para pagar e ao sistema escravocrata corremos o risco de voltar!

Cabe destacar que o povo está a esperar por punições para quem tem roubado o labor de nossos corpos, o suor dos nossos rostos, a boa vontade dos brasileiros, a boa intenção dos bons políticos, a alegria do nosso futebol, já há notícias de que até nele respingou gotas do lamaçal!

Resta saber se o nosso País continuará permitindo a cheirar putrefação, um dos significados para corrupção, vocábulo tão em moda nos últimos dias, que o Dicionário Aurélio traz bem claro.

Concluímos, portanto, que algo de fato está podre e mal cheiroso por aí, apodrecendo também a nossa suada contribuição mensal aos cofres públicos.

O que dizer então para os nossos filhos? Dizer e aceitar que no nosso País há corrupção, passando um odorizador de ambientes para disfarçar a putrefação que insiste em poluí-lo ou encontrar e punir severamente os parasitas que inverteram os valores da nossa sociedade e trocaram a moral, a ética e a honestidade pelos atos de subornar e serem subornados; bandidos sem armas que roubam o povo e tolamente a eles mesmos.

Esperamos atitudes concretas e punição para aqueles que pegam na mão grande e se aproveitam da posição que estão e daquilo que não é deles, porque se a pesquisa foi apresentada, talvez saibam aonde estão os fungos humanos, antes que o caldo sujo e mal cheiroso da putrefação escorra pelas ruas do nosso Brasil e atinja os nossos lares, fixando os nossos pés nessa gosma fedorenta e nos impedindo de sermos de fato e de direito um País de 1º Mundo!





*Salette Granato é Escritora,  licenciada em Letras pela Universidade Paulista e
Membro da Academia Jacarehyense de Letras

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Realidade


Realidade

    No mundo, há muitos países que vivem uma desordem estrutural que joga crianças na indústria do sexo, como: pobreza, má distribuição de renda e oportunidades, caos urbano, êxodo rural, violência doméstica, drogas, e álcool e desintegração da família.

    A Ásia, entretanto, é um continente que tem algumas disparidades e estigmas que são únicos e que agravam o problema do comércio sexual de crianças: uma declarada preferência por filhos ao contrário de filhas, devido a questões culturais como o dote, a pública agressão contra mulheres, o poder do "izzat", a honra do homem. Ainda para contribuir terrivelmente para este quadro, o problema das castas baixas nas comunidades, onde os filhos herdam a falta de esperança dos pais de uma vida melhor e são lançadas pelo próprio nascimento é opressão. Tudo isto faz com que a prostituição venha a ser uma ocupação "voluntária" no sul da Ásia. "Escolha" não é um termo que possa ser usado; estas crianças lançadas na prostituição não podem ser comparadas a anjos caídos por livre vontade, mas sim, anjos arremessados a um inferno.

    Segundo dados da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 150 milhões de meninas e 73 milhões de meninos menores de 18 anos são vítimas de exploração sexual no mundo.

   A UNICEF declara ainda que, entre 60 mil e 100 mil crianças são vítimas do comércio sexual nas Filipinas; em Bangladesh, a média de idade dos menores vítimas de exploração sexual é de 13 anos;  nas praias do Quênia, 150 mil crianças se prostituem diariamente, vítimas de predadores sexuais procedentes de países mais ricos. O tráfico de meninas do Nepal é intenso!
Estatísticas falam de 7 mil por ano na média, algumas chegam a 12 mil crianças traficadas a cada ano, principalmente para a prostituição na vizinha Índia. Algumas meninas são vendidas com apenas 6 anos de idade. Há relatos desumanos de garotas  que recebem muitos clientes num mesmo dia, para assim receber um prato básico de comida.

    A UNICEF nos informou ainda que, o número de pessoas que passam fome no sul da Ásia aumentou em 100 milhões nos últimos dois anos (dados de novembro de 2009), o que significa mais de 400 milhões de pessoas estão cronicamente famintas na região, agora mesmo enquanto você lê esta matéria.

    Sem uma resposta urgente e inclusive dos governos a população pobre do sul da Ásia, quase 20% da população mundial, vai cair ainda mais na pobreza e na subnutrição com consequências negativas em longo prazo para o crescimento e o desenvolvimento regional e do mundo.

   Quase 33% da população de 1,8 bilhão de pessoas do sul da Ásia comem menos do que o mínimo recomendado para suprir as necessidades diárias. Três quartos vivem em famílias que ganham menos de R$ 2 dólares por dia, informa o relatório.  (Com Efe, Reuters e Associated Press).

Mais de 250 mil crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual no Brasil, apontam os dados da UNICEF. A Organização das Nações Unidas calcula que o tráfico de seres humanos para exploração sexual movimenta cerca de 9 bilhões de dólares no mundo, e só perde em rentabilidade para o mercado ilegal de drogas e armas.

    Dos 5.561 municípios brasileiros, 937 ocorre exploração sexual de crianças e adolescentes. O número representa quase 17% dos municípios de todos país.

   No Brasil, a cada 26,7 quilômetros há um ponto vulnerável de exploração sexual infantil, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Há casos registrados de menores oferecendo os corpos por até R$ 2,00.


 (Fonte:http://www.mcmpovos.com.br/site/Portugues/Default.aspx )