domingo, 4 de março de 2007







Incertezas

- Por Paulo Roberto Gaefke em 01/03/2007 -

O que ontem era certeza na sua vida , hoje, do nada, virou dúvida,os amigos que você sempre pensou poder contar, de repente sumiram,o relacionamento de anos que você pensava ser eterno, acabou com um bilhete,a saúde tão perfeita de sempre se revela ruim em um simples exame,os planos da tão sonhada viagem desmoronaram com a notícia de furacões na região.

Somos chamados ao testemunho todos os dias,e ai daquele que se achar forte e preparado para o "vestibular da vida",são provas diárias que desafiam até o mais inteligente, o sábio,o experiente, o professor, o juiz e o operário mais simples.

A bala perdida, a violência gratuita, a traição,a infidelidade, as acusações, as brigas, o desamor,não são provações causadas por um "deus vingativo",nem "resgates de débitos passados", expiações ou provas.Tudo é fruto da nossa intolerância,da ganância do homem em querer tudo para si,no consumismo desenfreado que chegamos,no orgulho cego que coloca barreiras entre a alma e a razão.

Somos convidados todos os dias a refletir no que fazemos,mas eu lhe digo que chegou o momento de refletir naquilo que deixamos de fazer,nas faltas que cometemos e nem ligamos mais,que passa pelo desrespeito mais tolo no trânsito,como virar naquela rua com o sinal de proibido, coma desculpa de que "todo mundo faz",até o menino abandonado nas ruas que nós sempre arranjamos um culpado,é a mãe parideira sem vergonha, é o governo incapaz...

E nós?Qual e a nossa parte nesse filme de terror?O quanto nossas almas e mãos estão limpas para julgarmos quem quer que seja?Quanto somos tão "certinhos" para despejar nossa revolta contra essa ou aquela criatura.Será que você na mesma situação que é tão fácil julgar, agiria de outra maneira?

Não, a culpa não é dos céus, nem de deuses vingadores,nem é o fim do mundo, é apenas o fim do ser humano,é a falência moral de muitos, de filhos sem rumoque se tornarão pais perdidos.

Chegou a hora de pensar no que deixamos de fazer, de arregaçar as mangas e deixar de lado a lamentação, a reclamação fácil e fazer alguma coisa pela sua casa, pelo seu bairro, pela sua cidade, e quando você menos perceber, vai sentir que tudo o que você fez pelo outros, fez na verdade, por você mesmo.Eu acredito em você.


Paulo Roberto Gaefke

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