segunda-feira, 23 de novembro de 2009


Tratamento para todo tipo de pele, veja seu tipo de pele


Tratamento para todo tipo de pele, veja seu tipo de pele

Manchas vermelhas, pelos encravados, acne. São muitas as manifestações que acometem os diversos tipos de pele. Embora poucas pessoas tratem ou previnam esses incômodos tão comuns, cuidar deles é mais fácil do que parece. Você sabia que conhecer a composição do seu tipo de pele pode ajudar – e muito – na hora de acabar para sempre com esses problemas? E, de quebra, você ainda “ganha” um revestimento mais jovem e bem cuidado.

Morenos, negros, brancos e orientais, cada um deles está mais suscetível a determinadas doenças dermatológicas e devem tomar cuidados específicos. A dermatologista Luciana Lourenço, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), explica que a diferença não é tão importante em relação aos tons de pele, mas sim às etnias: branca, amarela e negra. “Normalmente, essas particularidades estão relacionadas a duas partes importantes da composição da pele: a capacidade de produzir melanina e a quantidade de sebo gerada por cada tipo”, explica a médica. São esses dois fatores que determinarão a proteção da pele e a sua predisposição a alguns problemas. Em linhas gerais, é possível dividir a pele do brasileiro em quatro tipos, incluindo a morena, que tem características tanto da negra como da branca.
Confira a seguir o manual que desenvolvemos com a ajuda de um time de dermatologistas e conheça os problemas mais comuns, além de cuidados de prevenção e tratamento específico para cada tipo de pele.
FOTOENVELHECIMENTO
O problema: Por conter menor quantidade de melanina, está menos protegida contra as radiações ultravioletas A e B. Consequentemente, esse tipo de pele fica mais propensa à aceleração do envelhecimento, desencadeado pela exposição ao sol.
Prevenção: A recomendação é usar fotoprotetor com FPS 15 no mínimo, diariamente. Produtos com ingredientes anti-aging (indicados na própria embalagem) garantem ainda uma proteção contra o envelhecimento precoce causado pelo sol. O uso de bonés, chapéus, óculos solares e guarda-sol é desejável. E evite a exposição solar entre as 10 e 16 horas, mesmo com filtro solar.
Tratamento: É feito a partir de procedimentos estéticos como peelings, laser, toxina botulínica e preenchimentos.
CÂNCER DE PELE
O problema: Surge devido ao efeito cumulativo da exposição solar sem proteção adequada. Existem diversos tipos de câncer de pele, sendo os mais comuns: carcinomas basocelulares (CBC); carcinomas espinocelulares (CEC); e melanoma cutâneo, o mais perigoso deles. As lesões podem se manifestar de diversas formas, desde feridas que não cicatrizam até manchas ou pintas escuras com bordas irregulares e assimétricas.
Prevenção: É importante utilizar fotoprotetor solar com FPS 15 no mínimo, diariamente, além de evitar hábitos como o tabagismo.
Tratamento: É feito por meio de cirurgia que remove a lesão. No caso do melanoma, podem ser necessários tratamentos adicionais, como a realização do linfonodo sentinela, técnica pouco invasiva feita nos casos em que não há evidência metástase.
ROSÁCEA
O problema: Doença crônica, de causa desconhecida. Caracteriza-se pelo aparecimento de eritema (vermelhidão) persistente ou recorrente, telangiectasias (vasinhos dilatados na superfície da pele) e inflamações, representadas por pápulas (bolinhas vermelhas), pústulas (bolas vermelhas com pus) e edema (inchaço).
Prevenção: A única maneira de evitar a piora dos sintomas é afastar todos os desencadeantes da doença, como bebidas alcoólicas, exposição solar, vento e ingestão de alimentos quentes.
Tratamento: O problema tem controle, mas não cura. Geralmente são utilizados antibióticos em gel ou creme, ácido azeláico, isotretinoína oral (Roacutan®) ou terapia com laser
ESBRANQUIÇAMENTO
O problema: Às vezes, a pele negra pode perder a luminosidade e o brilho, efeito causado por desidratação (falta de líquidos no corpo), ou até mesmo falta de filtro solar, que provoca o ressecamento.
Prevenção: É importante beber bastante água (pelo menos dois litros diários) e manter a pele bem hidratada, além de utilizar o fundamental filtro solar, com FPS 15 no mínimo, diariamente.
Tratamento: Procure o dermatologista e peça ao médico um bom hidratante formulado à base de uréia e lactato de amônia, por exemplo. Esses ingredientes podem ajudar a pele a reter água e se manter hidratada.
PELOS ENCRAVADOS (FOLICULITE)
O problema: Tanto na pele morena quanto na negra, os folículos pilosos (locais onde estão os pelos) podem ser curvos, ou seja, quando os pelos crescem não conseguem sair totalmente, criando uma reação inflamatória conhecida por foliculite. O quadro pode evoluir com inflamação e infecção local, além de manchas escuras, principalmente se a pessoa tentar espremer ou cutucar o pelo encravado.
Prevenção: A única forma efetiva de se evitar a foliculite é com depilação a laser, que elimina os pelos definitivamente.
Tratamento: Pode ser tratada com géis de peróxido de benzoíla, antibióticos tópicos ou orais, dependendo da gravidade do caso, e depilação a laser.
QUELOIDES
O problema: Na pele negra, a atividade dos fibroblastos (células responsáveis pela cicatrização) é maior, então, há uma facilidade na formação de cicatrizes exuberantes ou elevadas, muitas vezes avermelhadas, escuras ou rosadas e, às vezes, brilhantes. Geralmente, surgem durante o processo de cicatrização cirúrgica, mas podem aparecer a partir de um trauma como um machucado ou de uma espinha inflamada.
Prevenção: Não existe como prevenir queloides, já que se trata de uma característica da pele. Para impedir o aparecimento, é preciso evitar todo tipo de trauma ou corte na pele, como machucados e cirurgias.
Tratamento: Assim como as cicatrizes exuberantes, pode ser tratado com géis ou placas de silicone, infiltração intralesional de corticoides, cirurgia, laser e betaterapia
MELANOSES SOLARES
O problema: Como a pele oriental produz melanina com muita facilidade, tem predisposição a manchas provocadas pelo sol. Geralmente, são de cor acastanhada e arredondadas, de tamanhos diversos. Seus limites são precisos e aparecem em maior quantidade nas áreas expostas ao sol, como rosto, antebraços e mãos.
Prevenção: As manchas são causadas pela exposição solar acumulada durante toda a vida, normalmente após os 45 anos de idade. A única maneira de evitá-las é se protegendo adequadamente, com auxílio de fotoprotetores, com FPS 15 no mínimo, diariamente, além de bonés, chapéus e óculos de sol, e evitando a exposição entre 10 e 16 horas.
Tratamento: É feito com luz intensa pulsada. Segundo a dermatologista Carla Albuquerque, membro da SBD, o aparelho Starlux costuma proporcionar resultados muito bons.
HIPERPIGMENTAÇÕES PÓS-INFLAMATÓRIAS
O problema: São manchas amarronzadas que surgem após algum processo inflamatório na pele, como, por exemplo, a acne ou picadas de inseto, entre outros traumas.
Prevenção: O problema é desencadeado basicamente pela combinação da inflamação mais a exposição solar, portanto, deve-se evitar o sol e utilizar o fotoprotetor, com FPS 15 no mínimo, diariamente. O hábito de cutucar a pele também pode contribuir para piorar o problema.
Tratamento: Marque uma consulta com o dermatologista, pois o profissional avaliará cada caso isoladamente. Entre as terapias disponíveis estão fórmulas clareadoras, peelings químicos seriados ou laser.
POROS DILATADOS
O problema: A pele produz grande quantidade de sebo e queratina, o que dificulta a saída de óleo pelos poros, provocando seu dilatamento.
Prevenção: A única maneira de prevenir é não deixando o problema piorar, fazendo a correta higienização da pele e utilizando os produtos indicados pelo dermatologista para o tipo específico de cada pele.
Tratamento: Utiliza-se um tipo de peeling chamado Cross, feito com uma microcânula que deposita uma pasta de ácido tricloroacético (ATA) dentro de cada poro, estimulando a produção de colágeno e fechando-o.
PONTOS BRANCOS NA PELE
O problema: A pitiríase alba causa manchas brancas nas áreas mais ressecadas do corpo, o que pode ser agravado com o frio.
Prevenção: Evitar banhos quentes e buchas vegetais, que podem piorar o aspecto das manchas, além de, é claro, manter a pele hidratada.
Tratamento: Dependendo do caso, basta tomar os cuidados preventivos que as manchas não voltam a aparecer. Caso a doença persista e as manchas se tornem muito grandes, o dermatologista pode utilizar fórmulas com ácidos ou peelings químicos
ACNE
O problema: Geralmente, as peles morenas e negras têm aumento da secreção de sebo pelas glândulas sebáceas e tendência a ter poros entupidos, processo que os dermatologistas chamam de distúrbio da queratinização folicular.
Prevenção: É preciso investigar as causas, mas, normalmente, a acne leve pode ser evitada com alguns cuidados de higiene da pele e com fórmulas indicadas pelo dermatologista.
Tratamento: O medicamento mais utilizado é a isotretinoína oral (Roacutan®), que demora entre três e quatro meses para surtir efeito. No entanto, o remédio não deve ser utilizado por mais de seis meses, pois há grande risco de causar prejuízos ao fígado.
MELASMA
O problema: Esse tipo de pele tem maior incidência de manchas, pois, mesmo após uma exposição solar não exagerada, produz grande quantidade de melanina, causando melasmas, que aparecem na face, principalmente nas bochechas, testa, nariz e buço, e possuem uma cor acastanhada.
Prevenção: É essencial evitar a exposição solar, o principal fator desencadeante. Fatores hormonais, genéticos e raciais também influenciam o aparecimento das manchas. Também é importante não cutucar nem espremer espinhas ou pelos encravados.
Tratamento: Fórmulas clareadoras com ácidos, hidroquinonas, peelings químicos e lasers podem suavizar essas manchas.

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